Como a gente já tinha avisado no Joia br, as pedras preciosas foram o tema do Globo Repórter desta sexta-feira. O programa mostrou ametistas do Sul, opalas do Piauí, diamantes de Minas Gerais e as lindas e raras turmalinas Paraíba.
Gostei muito da reportagem, porque além de falar sobre gemas, minas e garimpos, também mostrou a todo o Brasil algumas pessoas que trabalham nesta área e que muitos não conhecem, como o lapidário Walter Lopes Ferreira. Eu o conheci em 2003 e acho que fui a primeira a publicar uma matéria sobre seu trabalho. Walter é um artista da lapidação, já foi premiado em concursos e atualmente presta serviços para indústrias de joias e designers famosos.
Making of
A equipe do programa contou detalhes dos bastidores da reportagem. Beatriz Castro visitou Pedro II (PI) - a cidade das opalas e foi até a mina de São José da Batalha (PB), em busca da famosa turmalina Paraíba. O repórter Dirceu Martins foi atrás das ametistas no Rio Grande do Sul, do rei dos diamantes na cidade histórica de Diamantina e dos lapidários em Belo Horizonte (MG).
Making of
A equipe do programa contou detalhes dos bastidores da reportagem. Beatriz Castro visitou Pedro II (PI) - a cidade das opalas e foi até a mina de São José da Batalha (PB), em busca da famosa turmalina Paraíba. O repórter Dirceu Martins foi atrás das ametistas no Rio Grande do Sul, do rei dos diamantes na cidade histórica de Diamantina e dos lapidários em Belo Horizonte (MG).
A gente foi correndo buscar o vídeo com o making of pra colocar aqui no Blog. Vale a pena assistir!
Os produtores João Carvalho e Jorge Ghiaroni também falaram sobre as "descobertas" da viagem. Reproduzimos alguns trechos dos depoimentos, confira:
"Saímos do Recife em dois carros, com quilos e quilos de equipamento e a vontade de mostrar uma boa história. Nossa conquista seria chegar às cidades paraibanas de São José da Batalha e Junco do Ceridó, onde encontraríamos nossos personagens e nossas pedras tão raras: as turmalinas. São pequenos pontos, às vezes azuis, outras vezes verdes, consideradas hoje as pedras mais raras e caras do mundo. Em São José da Batalha conhecemos a história do garimpeiro José de Souza, o Deda. Um dia ele já teve carros, casas, dinheiro. Perdeu tudo, mas não deixa claro como isso aconteceu." (João Carvalho)
"Desde criança coleciono pedras. Daquelas bem baratinhas, é verdade. Mas ao meu ver elas são preciosas. Penso como o lapidário que conhecemos nesta reportagem, o homem que faz uma pedra valer até mil vezes mais. Walter Ferreira acredita que todas são valiosas. Pedras simples, isso mesmo. Elas representam uma nova oportunidade de trabalho. A chance de se esculpir o bruto na busca por uma forma deslumbrante, algo atraente aos olhos do público. Talvez as pedras de Walter tenham algo em comum com as minhas pautas. Nesta reportagem, tive a chance de garimpar, revirar e desencavar belas histórias pelo Brasil. Depois, esperei ansiosamente pela lapidação da joia. Sim, o testemunho de vida de cada entrevistado pode ser encarado como uma peça única, por que não? Uma joia. Foi assim que nossa equipe encarou o desafio. Tentamos forjar um mosaico, uma bela peça, ou melhor, um Globo Repórter com todas as preciosidades encontradas no caminho." (Jorge Ghiaroni)
"Nosso encontro (talvez) mais marcante no Piauí foi com o ex-garimpeiro Raimundo Galvão, o Mundote. Dono de um sítio, onde fica uma espécie de museu, ele também é proprietário de minas. Foi Mundote quem descobriu a maior pedra de opala já vista, com mais de quatro quilos, hoje exposta no Museu de História Natural de Londres. Entre uma história e outra, demonstra disposição para viver mais de cem anos. “Ainda vou descobrir muita pedra enterrada por aqui. Pode cavar que tudo isso aqui embaixo é feito de opala”, diz. “Vou viver até os 108 anos para poder encontrar a opala com mais de cem quilos”, assegura. E encerra nosso encontro com a frase característica de um velho explorador. “O dia do garimpeiro é amanhã. Se ele não achar a pedra hoje, amanhã ele acha”. Voltamos para casa com a mensagem na cabeça e a certeza de ter registrado mais um pedaço deste Brasil desconhecido." (João Carvalho)
"Saímos do Recife em dois carros, com quilos e quilos de equipamento e a vontade de mostrar uma boa história. Nossa conquista seria chegar às cidades paraibanas de São José da Batalha e Junco do Ceridó, onde encontraríamos nossos personagens e nossas pedras tão raras: as turmalinas. São pequenos pontos, às vezes azuis, outras vezes verdes, consideradas hoje as pedras mais raras e caras do mundo. Em São José da Batalha conhecemos a história do garimpeiro José de Souza, o Deda. Um dia ele já teve carros, casas, dinheiro. Perdeu tudo, mas não deixa claro como isso aconteceu." (João Carvalho)
"Desde criança coleciono pedras. Daquelas bem baratinhas, é verdade. Mas ao meu ver elas são preciosas. Penso como o lapidário que conhecemos nesta reportagem, o homem que faz uma pedra valer até mil vezes mais. Walter Ferreira acredita que todas são valiosas. Pedras simples, isso mesmo. Elas representam uma nova oportunidade de trabalho. A chance de se esculpir o bruto na busca por uma forma deslumbrante, algo atraente aos olhos do público. Talvez as pedras de Walter tenham algo em comum com as minhas pautas. Nesta reportagem, tive a chance de garimpar, revirar e desencavar belas histórias pelo Brasil. Depois, esperei ansiosamente pela lapidação da joia. Sim, o testemunho de vida de cada entrevistado pode ser encarado como uma peça única, por que não? Uma joia. Foi assim que nossa equipe encarou o desafio. Tentamos forjar um mosaico, uma bela peça, ou melhor, um Globo Repórter com todas as preciosidades encontradas no caminho." (Jorge Ghiaroni)
"Nosso encontro (talvez) mais marcante no Piauí foi com o ex-garimpeiro Raimundo Galvão, o Mundote. Dono de um sítio, onde fica uma espécie de museu, ele também é proprietário de minas. Foi Mundote quem descobriu a maior pedra de opala já vista, com mais de quatro quilos, hoje exposta no Museu de História Natural de Londres. Entre uma história e outra, demonstra disposição para viver mais de cem anos. “Ainda vou descobrir muita pedra enterrada por aqui. Pode cavar que tudo isso aqui embaixo é feito de opala”, diz. “Vou viver até os 108 anos para poder encontrar a opala com mais de cem quilos”, assegura. E encerra nosso encontro com a frase característica de um velho explorador. “O dia do garimpeiro é amanhã. Se ele não achar a pedra hoje, amanhã ele acha”. Voltamos para casa com a mensagem na cabeça e a certeza de ter registrado mais um pedaço deste Brasil desconhecido." (João Carvalho)
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