terça-feira, 13 de maio de 2014

O mistério (ou milagre) da Coroa

Em 13 de maio de 1917, Lúcia, Francisco e Jacinta, três crianças portuguesas, brincavam em um lugar chamado Cova da Iria e presenciaram aquela que seria a primeira aparição de Nossa Senhora de Fátima. Ela disse aos três que seria preciso rezar muito e convidou-os a voltarem ao local durante mais cinco meses consecutivos, no dia 13 e àquela hora. Na última aparição, a 13 de Outubro, ela disse que era a "Senhora do Rosário".
Esta história é bem conhecida e celebrada pelos devotos de Nossa Senhora até os dias de hoje. 

Desde aquela época, à Cova da Iria atrai milhares de peregrinos de todo o mundo. A imagem, feita com cedro brasileiro e exposta no santuário, ganhou uma coroa preciosa em 1942 - joia que pode ser vista apenas nas grandes celebrações, e é sobre ela que vamos falar neste post.  



A Coroa de Nossa Senhora de Fátima é uma das mais famosas joias de Portugal. Na década de 1940, foi realizada uma campanha junto às mães portuguesas para agradecer o fato de seus filhos terem sido poupados de lutar na Segunda Guerra Mundial, já que o País não entrou no combate. Elas doaram suas joias, que foram usadas para a confecção da coroa, delegada à joalheria Leitão & Irmão. A peça demandou três meses de produção por doze artesãos e traz cravadas em ouro 313 pérolas e 2679 pedras preciosas, entre diamantes, pérolas, esmeraldas, rubis, safiras, águas-marinhas e ametista.


Quase meio século depois, em 1984, a joia ganhou mais destaque, quando o Papa João Paulo II ofereceu a Nossa Senhora de Fátima a bala que o atingiu no atentado de 13 de maio de 1981, no Vaticano. A bala foi anexada à joia e o o fato curioso (milagroso?) é que encontrou o encaixe perfeito no espaço vazio debaixo da orbe azul, deixado em 1942, na união das oito hastes que constituem a coroa... 


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